O autoexame da mama, que consiste em avaliação mensal dos seios, é uma prática de autoconhecimento corporal. É um hábito recomendado por especialistas, mas não deve ser uma prática isolada para rastreamento do câncer de mama, que tem alta taxa de mortalidade, especialmente se detectado tardiamente. “O autoexame é útil no Brasil, principalmente nas camadas da população que não têm acesso fácil à mamografia. De qualquer forma, a mulher não consegue apalpar estruturas nas mamas de até 1 centímetro de extensão (tamanho em que o tumor apresenta maiores chances de cura). Pelo autoexame, geralmente só dá para sentir alterações a partir de 2 centímetros”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia/Regional Pernambuco (SBM/PE), Marcos Antônio Araújo Almeida.

O médico ressalta que o ideal é realizar o autoexame de sete a dez dias após a menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis e inchadas. “Sugere-se espalmá-las da periferia para o centro para sentir se ambas têm (ou não) estruturas correspondentes”, frisa Marcos. Se em um dos seios houver protuberância (como algo que se assemelhe a um caroço de azeitona) que não tenha no outro, o recomendado é procurar um médico.

Procurar um médico após perceber alterações durante o autoexame também foi uma atitude tomada por 66,2% das mulheres que procuraram, pela primeira vez, atendimento devido a um câncer de mama. Elas próprias conseguiram perceber algo errado no seio como possível sinal de um câncer, segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) feito com 405 pacientes da instituição. O percentual de mulheres que identificou a doença por meio da mamografia (ou de outro exame de imagem) foi de 30,1%.

Arte do JC Online

Fonte: Blog Casa Saudável